Recentemente o mercado transformou os “Anos 80” numa máquina
de vender nostalgia, com uma infinidade de produtos que nos levaram a crer que
foi uma década muito brega, totalmente excessiva.
E isso se aplicou ao rock? Sim, porque não dizer? Não a todos, obviamente, mas a boa parte: lembre-se que foi nessa época que se viu aquele monte de homem com laquê no cabelo, usando maquiagem e calça apertada, a exemplo de Axl Rose (Guns n´Roses), Sebastian Bach (Skid Row) e Vince Neil (Motley Crue).
E isso se aplicou ao rock? Sim, porque não dizer? Não a todos, obviamente, mas a boa parte: lembre-se que foi nessa época que se viu aquele monte de homem com laquê no cabelo, usando maquiagem e calça apertada, a exemplo de Axl Rose (Guns n´Roses), Sebastian Bach (Skid Row) e Vince Neil (Motley Crue).
Mas a real é que ainda tinha aquele restinho de onda punk que
bombou nos anos 70 e esse pessoal vinha cheio de melancolia, com uma rebeldia
mais sombria e solitária.
Nas letras, muitas vezes pessimistas e descrentes, um lirismo que representava muito bem o sentimento dos jovens da época.
Era o pós-punk. De Liverpool, vinha o Echo and The Bunnymen, e de Manchester, o Joy Division, com toda a tristeza do vocalista Ian Curtis,
The Cult (que depois abandonou esse lance e virou hard rock) e Bauhaus. Ao contrário desses tristinhos, tinha uma turma que queria fazer música divertida e para dançar.
Nas letras, muitas vezes pessimistas e descrentes, um lirismo que representava muito bem o sentimento dos jovens da época.
Era o pós-punk. De Liverpool, vinha o Echo and The Bunnymen, e de Manchester, o Joy Division, com toda a tristeza do vocalista Ian Curtis,
The Cult (que depois abandonou esse lance e virou hard rock) e Bauhaus. Ao contrário desses tristinhos, tinha uma turma que queria fazer música divertida e para dançar.
Entre os nomes de grande sucesso no rock mundial surgidos nos
anos 80 estão The Cure, The Smiths, U2, Guns n´Roses e Metallica. E junto com
essa turma, veio a virada da era do disco de vinil pra era do CD, dando uma
impulsionada no mercado e fazendo artistas venderem milhões de discos, e
fazerem fortunas em shows lotados de suas turnês ao redor do mundo.
Pro rock brasileiro, foi uma década muito importante. Embora o pessoal da jovem guarda já tenha dado o pontapé inicial, foi nos anos 80 que o rock tomou conta da mídia e do mercado fonográfico.
Pro rock brasileiro, foi uma década muito importante. Embora o pessoal da jovem guarda já tenha dado o pontapé inicial, foi nos anos 80 que o rock tomou conta da mídia e do mercado fonográfico.
Titãs, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Ultraje a
Rigor, Plebe Rude, Legião Urbana, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Magazine,
Ratos de Porão, Sepultura, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Nenhum de
Nós, Ira e RPM (ufa!) compõem uma lista imensa de grupos, alguns ainda estão em
plena atividade e outros se desfizeram.
Vale lembrar que logo
no comecinho dos 80´s, o Camisa de Vênus já botava pra quebrar (pra não dizer o
verbo que começa com “f” que era vociferado nos shows da banda) a nível
nacional, e uma inquietação tomou conta da juventude de Salvador que também
empunhou guitarras e criou seus grupos de rock, como a Elite Marginal, Cravo
Negro, 14º Andar, Íris Vermelha, Via Sacra, Diário Oficial, Crânio Metálico,
Arroto de Rato, Gonorréia e Treblinka.
Músicos e Músicas:
Blitz: A Blitz foi a grande precursora da vertente
mais alegre do BRock,e um imenso sucesso de vendas. Foi o primeiro grande
estouro da década de 80 e, apesar de ter durado apenas quatro anos(82~86) e
tendo apenas três discos, ela mudou o cenário da música brasileira, abrindo os
caminhos para aqueles que queriam fazer uma música mais alegre e descontraída. Entre
seus maiores sucessos estão “Você não
soube me amar”, “Betty Frígida”, “A dois passos do paraíso” , “Mais uma de
amor(geme geme)”,entre outras.
Titãs: Os Titãs foram uma das primeiras bandas de São
Paulo a surgirem no contexto do
BRock: composta por oito integrantes e seguindo uma estética mais new-wave, os
Titãs fizeram grande sucesso no cenário do BRock. Além disso, foram uma das
raras bandas que começaram com suas letras mais leves e depois adaptaram-se a
segunda vertente e letras mais politizadas.
Alguns de seus sucessos foram “Sonífera Ilha” (de sua vertente mais
leve), “Polícia” (já da vertente mais
politizada), “Homem Primata”, “Família”, “O quê”, entre muitas outras.
Barão Vermelho: O Barão foi uma banda da década de 80 que
tinha como vocalista um dos maiores letristas da geração, Cazuza, responsável
por grande parte dos maiores sucessos da banda. Seu maior parceiro foi o
guitarrista Frejat. Cazuza descobre ter AIDS em 87, mas não se entrega e
permanece ativo na música até morrer. A maneira como este resistiu ajudou a
quebrar um pouco o preconceito contra os portadores do HIV. Entre os maiores sucessos estão “Todo amor que houver nessa vida”,
“Pro dia nascer feliz”, “Bete Balanço”,
“Declare Guerra”, entre várias outras.
Legião Urbana: Em meados de 1980, Renato Russo fez parte
de uma banda chamada Aborto Elétrico. Com o fim da mesma, Renato passou um
tempo fazendo carreira solo. Porém, ele julgava que formar uma banda era
importante, e assim partiu para formar a Legião. Claramente adepta da vertente
mais “revoltosa”, as letras de Renato são lotadas de críticas e reivindicações. Essa característica tornou a banda uma das importantes
no cenário do Rock Brasileiro. A banda acabou em 96, quando Renato morreu de
AIDS. “Que País é esse”, “Geração Coca-Cola”, “Faroeste Caboclo”, “Soldados” e
muitas outras integram a lista de sucessos da Legião.
A diversidade musical dentro do rock que pipocou nos anos 80
é tanta, que não dá pra apontar se é brega ou sofisticada, ou apontar o que é
arte ou o que não é. Interessa é que daqueles tempos, nos sobraram bons discos
a serem ouvidos!
Referência:
Rock Brasil e era de ouro.
Disponível em: http://www.cp2centro.net/disciplinas/educacaomusical/Rock_Brasil/rb02.pdf
Acesso em
17/10/12